FOLHA MORTA
Por Rogério S. de Farias
A lua e seu canto de luz
Ilumina a noite,
Sua música noturna
Evoca mistérios que o olho são não vê;
A treva, esse açoite,
É mais negra em mim.
O que serei amanhã?
Uma folha morta, talvez,
Num turbilhão de vento...
Nunca saberei para onde irei.
Uma folha
Que foi plantada de cabeça para baixo
Numa floresta de sonhos.
Uma folha assim sozinha
Caída
Da árvore da vida,
Folha morta pelo turbilhão dos ventos do acaso levada.