NOITES CALMAS COMO ANTIGOS TÚMULOS
crônica de R. S. de Farias
Ilustração gerada por Inteligência Artificial (DALL-E)

Noites de luar, caminhadas noturnas ao ar livre. Uma sensação magnífica, imerso em doces pensamentos enfermiços. O Espírito voa nas trevas da noite, mergulhado em reflexões sombrias e tumulares.

A noite estava calma e pacífica como um antigo túmulo, apenas com o suave farfalhar das folhas na brisa suave. A lua brilhava intensamente no céu como uma deusa lânguida, lançando uma luz prateada sobre a terra e iluminando o caminho à frente, um caminho de penumbra e sombras, com alguma claridade pálida como uma bela mulher morta.

Ao sair para o ar livre, tive uma sensação de liberdade, de liberação, como se o mundo fosse meu para ser conquistado, numa ânsia sôfrega de vitória sobre a vida e sobre a própria morte. O céu noturno estava pontilhado de estrelas estupendas, e a lua estava tão brilhante que eu podia ver quilômetros ao redor.

Comecei minha caminhada, absorvendo a beleza da noite e a serenidade dos arredores. O ar fresco foi uma mudança bem-vinda em relação ao calor do dia e me senti revigorado e rejuvenescido como um efebo ou espírito supertranscendido no ápice da força total.

Caminhei e caminhei. Meditava ao longo do caminho, absorvendo as imagens e os sons da noite. A lua brilhava, iluminando as árvores e arbustos que margeavam o caminho, árvores e arbustos que mais pareciam demônios me observando silenciosamente. Eu podia ouvir o chilrear suave dos grilos e o pio ocasional e sombrio de uma coruja, e até pensei que fossem vozes dos anjos das canções do caos ou demônios aéreos do inferno.

Enquanto caminhava noite adentro, me deparei com uma clareira, onde parei e olhei para o céu.  Eu me afastara demais. A lua agora estava alta no céu, lançando uma luz brilhante que iluminava toda a área. Fiquei ali, contemplando a beleza da noite, sentindo-me em paz e em harmonia com a natureza.

Continuei minha caminhada, me sentindo mais relaxado a cada passo. A luz da lua me guiou e eu senti como se estivesse andando no ar. A noite estava tranquila e eu me sentia como se fosse a única pessoa no mundo.

Ao me aproximar do final da minha caminhada, percebi que a noite havia sido uma experiência mágica, mística, que jamais esqueceria. A beleza das noites de luar e a paz dos passeios noturnos solitários ao ar livre ficarão para sempre comigo.

Voltei para casa sentindo-me revigorado e em paz, e sabia que sempre apreciaria essas noites de luar e caminhadas noturnas ao ar livre. Noites tranqüilas e suaves como túmulos magníficos!






Crie um site gratuito com o Yola