Como escapar para sempre deste mundo infernal?

                                                     Texto de Rogério S. Farias


Não te iludas, Ananda, toda a existência está plena de dor. Assim, chora a criança desde que nasce. Se Deus permite tais coisas, não pode ser bom; ou então, não tem o poder de evitá-las, e não pode ser Deus”

Palavras do Buddha Gautama a um seu discípulo


Para buscar - ou reencontrar - a autonomia transcendental e livrar-se de uma vez por todas do demiurgo ou de qualquer outro ente supremo déspota, falso e imbecil, há que se despertar a vontade de valor e entrar em estado de kaivalya. Há que se crer num deus, mas não o deste mundo. Existe um deus, o Deus, mas ele não está neste; o deste, não é Deus.

Kaivalya não é abandono e nem solidão. Kaivalya é o que fica quando a mente inferior (alma) é dissolvida, é o Espírito propriamente dito bem como sua força estelar imensa, sua energia destruidora e inteligentemente rebelde.

Destarte, o Espírito se torna o que verdadeiramente é: um renegado.

Kaivalya é uma luz negra, luz escura da suprema solidão, um fogo misterioso, uma chama que dança num vento gélido. É negra para quem está preso à alma e ao corpo, mas para os olhos do Espírito é branca e clara

Isolado e livre, o Espírito não tem mais mestre, não tem mais senhor. O Espírito é seu próprio hierofante ou guru. Isolado e livre, alcança a jnana ou gnose primordial.

A coisa toda é complexa, mas há uma saída. Sempre há uma saída.


A imperfeição e o inferno do mundo

Olhe ao redor. Observe a crua realidade dos fatos. Este é um mundo tenebroso de miséria e ódio, disputa pelo poder e luta pela sobrevivência. Os animais precisam devorar-se uns aos outros para sobreviver. Os homens precisam comer outros animais para não padecerem de fome. Os homens precisam se destruir um ao outro para ter mais dinheiro e assim sobreviver melhor. 

Homo homini lupus, o homem é lobo do próprio homem: eis um grande axioma. A condição humana, uma piada de mau gosto. Todos se odeiam, ninguém compreende ninguém, apesar dos esforços inúteis e patéticos da alma. Todo mundo quer mandar, ter rios de dinheiro, pensar no próprio umbigo. Os governantes e políticos estão pouco ligando para o povo, o que querem é cargo, poder, uma conta bancária bem recheada e assim o povo que se lasque. O povo, por sua vez, não é nenhum santo; elege uma canalha que escreve leis segundo seus mesquinhos interesses, para esse mesmo povo estúpido cumprir.A voz do povo é a voz do demiurgo, nunca uma frase foi tão verdadeira... Não há dúvida: o Inferno é aqui mesmo, na Terra e ainda há uma legião de imbecis que acha isso bom, que a criação divina é boa.

Tudo neste mundo é corrupção, sofrimento, morte, dor, doença, velhice, medo.  São poucas as alegrias e os bons sentimentos. Que tipo de deus insano e imbecil criaria um ser imperfeito - o ser humano - e o colocaria para sofrer num mundo onde todos lutam entre si, onde todos tem que fazer o  próximo sofrer para sobreviver melhor, para ter mais dinheiro e poder? Insatisfeito de ver sua criação sofrer, Ela, essa entidade ou gênio maligno ou força alienígena ou ser ultraterrestre, ainda ordena que os humanos A idolatrem. Trata-se de um deus imperfeito e intolerante, um deus que não é o Deus Verdadeiro. Não teria sido mais inteligente da parte dessa entidade ter criado alma e corpo perfeitos? Descontar sua santa cólera divina em almas e corpos imperfeitos, criados por essa mesma divindade, não é sinal de bondade ou inteligência suprema. O criador deste mundo é um demente.

Há algo errado nisso tudo. Os primeiros gnósticos já sabiam disso.

Alguma poderosa entidade que se passa por Deus nos usa, ou melhor, usa a Centelha Divina que possuímos, o Espírito. Na verdade, essa terrível entidade que os gnósticos antigos chamavam Yaldabaoth e que os povos semitas da antiguidade chamavam Yahweh  é um pseudo-deus (Essa divindade era o deus das tribos da Palestina do sul, as quais associavam esse conceito de deidade com o monte Horeb, o vulcão de Sinai. Yavé era meramente um, entre as centenas e milhares de deuses da natureza que atraíam a atenção e clamavam a adoração das tribos e dos povos semitas). Um falso deus que usa a potência de nossos Espíritos aprisionados na criação desse falso deus, o corpo físico e a alma. Esses dois últimos foram criados por Yahweh, porém o Espírito humano, não; este é incriado e vem do Mundo Incognoscível - incognoscível apenas para o corpo físico e a alma, mas não para o Espírito, cumpre salientar.

Yahweh é o Logos Criador, o demiurgo, o artífice deste mundo-inferno. Naturalmente, os agentes desse demiurgo acreditam que irão para um céu e se fundirão com esse Deus. De fato haverá uma fusão, mas o Espírito ficará aprisionado junto com a alma e assim não se libertará do jugo e tirania desse falso deus. Os agentes do demiurgo acreditam que tem algum poder, mas também não passam de fantoches, marionetes da vontade de Yaldabaoth.

A velhice, a doença, o sofrimento humano. Tudo isso alimenta esse Deus Abutre. O verdadeiro Deus, o Incognoscível, o Infefável, o Agnostos Theos, o Deus Desconhecido, está fora desta criação impura. O Universo é finito, é uma bolha criada por esse falso deus ou entidade.

O verdadeiro deus, Agnosthos Theos, jamais criaria um mundo de sofrimento e dor, de velhice, doença e morte. Que tipo de deus é esse que impõe sofrimento, que aflige a humanidade e ainda por cima quer ser adorado o tempo todo como um debiloide?

Como escapar deste inferno chamado vida e encontrar o verdadeiro Deus  que é incognoscível para a alma e o corpo mas não para o Espírito?


A reencarnação e o Karma a pagar são armadilhas e mentiras

Quem, em seu juízo perfeito, gostaria de voltar a este universo e a este mundo de sofrimento?

A reencarnação é uma forma que esse falso deus usou para nos aprisionar neste plano material, utilizando seus "anjos" que na verdade são os arcontes ou lacaios e agentes desse demiurgo criador de maya ou matrix; essa entidade alienígena ou divindade nos usa como pilhas ou baterias. E é assim que a Centelha Divina, o Espírito, não suporta tanto sofrimento, e acaba se incorporando a essa entidade que é como um vampiro energético e espiritual; quando alguém falar em "união com Deus", pode ter certeza de que é um serviçal desse demiurgo Yahweh querendo anular para sempre o poder do Espírito. O demiurgo, após usar a força do Espírito, através das muitas reencarnações dos humanos neste vale de lágrimas, acaba absorvendo totalmente o Espírito; é por isso que o Espírito também pode morrer! Se o Espírito não suporta as torturas deste tal de Yahweh, um dia acaba cedendo e sendo absorvido por Ele pelo menos até o Pralaya, perde-se então a chance do Espírito humano voltar ao Mundo do Incognoscível, ao Pleroma.

Há um modo de fugir desse falso deus e dessa Roda de Samsara. Basta estar além do bem e do mal, além de toda dualidade. A reencarnação é um mal. Não temos que pagar karma algum. O Espírito pertence ao Incognoscível. O Espírito É FOGO ETERNO, É LUZ NEGRA QUE TEM O PODER DE CEGAR TODA FALSA LUZ.

O Espírito é incriado e pertence AO FOGO ETERNO DO INCOGNOSCÍVEL.

Yahweh é a deidade tribal do Antigo Testamento. Yahweh, o demiurgo, parece uma criança birrenta, quer atenção o tempo todo, quer ser adorado o tempo todo, é um deus covarde porque vive do sofrimento humano; a dor humana é como uma chupeta para esse deus covarde e infantil. O verdadeiro Deus, o Agnostos Theos, o Incognoscível, não precisa fazer sofrer ninguém e nem exige sacrifício e dor. O Incognoscível está fora de toda essa criação fracassada do demiurgo. O Deus Desconhecido habita  num mundo de anti-matéria, é esse mundo incognoscível para a alma e o corpo. Só o Espírito pode um dia conhecer esse deus verdadeiro do mundo da chama eterna.


A ficção mostrando a crua realidade dos fatos

Uma cena do seriado de ficção científica STAR TREK VOYAGER, num episódio chamado CODA, mostra muito bem o que acontece nos momentos após a morte. O vídeo abaixo mostra a cena. Observe que o Arconte, a serviço do Demiurgo, tenta colocar a heroína, que passa por uma experiência de quase morte, numa nova encarnação, isto é, tenta colocá-la na Roda de Samsara, no ciclo das reencarnações. O Arconte, vilão, tenta se passar pelo pai da heroína (simbolicamente representando o demiurgo ou falso deus), tenta colocá-la no famigerado Túnel de Luz, que nada mais é do que uma matrix, uma matriz gerada pelos Senhores do Karma, os arcontes (lembre-se que não há karma algum a pagar, seu Espírito não deve nada a esses farsantes lacaios do demiurgo, mande-os à merda porque são parasitas vivendo nos palácios arcônticos da FALSA LUZ usando a energia do Espírito humano e tendo como lacaios os integrantes da Fraternidade Branca que na verdade é negra!). Se ela, a heroína, entrasse no túnel, cairia numa matriz e iria ter de reencarnar. Mas ela manteve-se consciente e conseguiu se livrar da armadilha do arconte...Vejam o vídeo com atenção para entender...trata-se de ficção, mas o roteirista bebeu de fontes gnósticas e montou o argumento muito bom; pode-se passar grandes ensinamentos, pode-se passar muitas lições e muita coisa real através da ficção e da arte em si.

 

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