Este conto foi publicado originalmente em partes, em forma de três relatos e sob pseudônimo, 

anos depois (agora) reescrito e publicado inteiramente como um único conto dividido em três partes e com o nome verdadeiro do autor. 

Estrelando a mulher mais fatal já criada pela mente do contista: 

com vocês, a bela e terrível Drukarlla.



RAINHA DA DIMENSÃO MÁGICA

Por Rogério S. de Farias


Ilustração gerada por IA (fonte: aqui)


 

1. Apaixonado por uma bruxa

 

Isso aconteceu comigo quando eu tinha uns 20 anos. Eu trabalhava numa cerâmica. Ia de bicicleta todo dia para o trabalho. Às vezes, aos domingos, eu deixava o emprego mais cedo. Era um emprego horrível e eu dava graças a Deus por sair mais cedo.

A firma praticamente ficava dentro do mato, numa quase-floresta perto de um morro alto e bonito, quase uma montanha repleta de arvoredos sombrios.

Nesse dia em que saí cedo, resolvi dar um passeio com minha "moutain bike" pelas trilhas estreitas da mata, que desciam para um pequeno vale profundo abaixo da montanha citada.

Pedalava com minha bicicleta, entrando nas profundezas da floresta de árvores e mato altos.

De repente parei de pedalar para tomar fôlego e voltar, subindo o caminho que eu descera. Nisso, avistei alguém distante, entre o mato. Era uma mulher nua com uma vassoura na mão. Ela sorria para mim. Deixei cair a bicicleta e abaixei os olhos, quando ergui a vista de novo ela tinha sumido. Pensei tratar-se de alucinação.

De noite, já em casa, me deitei e fiquei pensando que bruxas com vassouras era coisa ridícula, coisas de fantasias pueris ou literatura infanto-juvenil. Ora, naquela época eu não sabia que as bruxas usam alguns objetos que são como talismãs ou instrumentos catalisadores de suas energias psíquicas e mágicas. Elas usam vassouras e outros objetos para meter seus corpos físicos na quarta dimensão ou no plano etérico.

Aquela bruxa nua com a vassoura não me saia da cabeça, tão linda que era. Jovens são assim, se apaixonam por mulheres misteriosas e loucas. Então ocorreu uma coisa incrível. Sonhei, mas sonhei de uma forma muito real. E foi-me fácil, ao acordar, recordar tudo. Sonhei com ela, a bruxa. Estava nua, sob a vassoura, voando por um céu noturno estrelado. Ela avistou uma casa lá do alto, sorriu e desceu voando até a janela da mesma. A casa era a casa onde eu morava. Ela ficou flutuando arranhando com suas unhas pintadas de negra a veneziana na janela. Nisso, eu acordei e num gesto rápido, abri a janela e...até hoje me arrepio só de lembrar! Ali estava ela, o rosto dela, me olhando com um olhar sôfrego e libidinoso. Era de fato uma bruxa linda! Meio que assustado, temendo ser uma feiticeira infernal, dei um grito e cai da cama, quase me quebrando todo.

Se foi um pesadelo ou visão astral, eu não sei. Acordei pela manhã e, passando pela cidade de bicicleta na estrada que levava ao trabalho, fiquei atônito ao ver uma mulher com as mesmas feições da bruxa voadora passando perto da rodoviária; estava toda vestida de preto, embarcava num ônibus. Tentei ver para onde ia o ônibus mas não deu tempo.

Claro, tudo isso pode ter sido delírio ou imaginação fértil de um jovem de 20 anos, cheio de vitalidade. Não sei. Um amiga minha que era estudiosa de coisas do oculto me falou uma vez: " as bruxas existem, quer acreditemos ou não; elas aprenderam a manipular o mundo dos sonhos, dos desejos e da imaginação, elas viajam pelo astral e voam pela região próxima a crosta terrestre com intenções que só elas sabem."

Será?

 

2. A volta da bruxa enamorada

Os jovens são estranhos. Vivem sonhando, no mundo da lua. São místicos no santo egoísmo em que vivem. Um dia, porém, esta magia acaba. É a idade adulta que chega, transformando tudo em dor, ódio e frustração. Nós, adultos, somos uns infelizes. Não precisamos morrer, já estamos mortos dentro do mundo cinzento em que a sociedade podre do lucro e do consumismo nos trancafiou. Quando se é jovem, adolescente, enfim, tudo é magia, encantamento, estamos envolvidos pelo feitiço das paixões e amores loucos!

O capítulo "Apaixonado por uma bruxa" foi apenas o primeiro relato dessa paixão bruxólica. Foi apenas a ponta do iceberg. É uma  história longa e verdadeira que ainda não foi de toda contada. Pretendo contá-la, todinha. Estão preparados para mergulhar comigo no poço negro das recordações de minha juventude? No catre de minha doença, preso nesta maldita cadeira de rodas, ainda consigo lembrar-me...

A mente é uma máquina do tempo. Podemos nos recordar de muitas coisas, depositadas na poeira do esquecimento. Podemos até recordar de vidas passadas, de amores funestos, de paixões fracassadas em dor e morte...

Com os meus 20 anos, vasta cabeleira, eu pedalva num domingo de sol por uma região de minha cidade que é quase como um parque ou horto florestal.

Enquanto pedalava, a figura daquela linda e enigmática bruxa dançava nua em minha mente. Eu a tinha visto nua, e o feitiço de sua nudez tinha ateado o fogo do inferno das paixões em minha mente juvenil.

"Ah, se eu a encontrasse de novo, em sonhos ou na vida real!...Daria minha alma aos demônios das fossas do inferno para vê-la de novo, tocá-la, quiçá tê-la nua em meus braços másculos e potentes!", pensava em quando pedalava, mas de repente um toco de árvore na frente e... PIMBA! A roda da frente da "bike" me fez capotar e cair ao chão.

Parecia que eu tinha batido a cabeça no chão. Fiquei meio zonzo. Comecei a rir sozinho e dava razão aos amigos e parentes que me chamavam de "retardado"...

O mundo parecia girar. Então eu a vi de novo, estava ali, no meio do mato, nua, deliciosa! A bruxa! Aquela! A que eu tinha visto no passado recente! Ela abriu os braços, veio vindo em minha direção. Ela me levantou. Olhei para o lado e lá estava meu corpo, caído, desmaiado. Ela me beijou, sua língua parecia uma serpente dançarina. Que coisa estranha, não estávamos no corpo astral, ou se estávamos, era bem material. Talvez fossem corpos etéricos. Não sei.

Fizemos amor. Um amor louco. Gostoso. Depois caímos exaustos de prazer, na grama, olhando e rindo do meu corpo, caído e desmaiado ao lado da bicicleta. Ela me murmurou:

"Aquilo, o seu corpo físico, É LIXO!... Eu o ensinarei muitas coisas, meu amor, e o farei recordar dos ciclos das encarnações, das reencarnações passadas, todas, onde gozamos o amor libidinoso mais louco do universo!"

Patético, murmurei: "Eu te amo, faço tudo o que quiseres, nem lembro teu nome. Qual teu nome?"

"Meu nome é Drukarlla! Agora volte ao seu corpo, mas semana que vem volte a este lugar, tenho coisas a te contar, e quero te amar de novo. De outras maneiras, bem gostoso. Vem vindo gente dentro de um corpo-lixo! Até breve, amor!"

Então houve um hiato na minha memória. Só lembro que um velho barbudo e barrigudo que fazia caminhada por ali batia na minha cabeça tentando me fazer recobrar os sentidos.

"Vamos, você está bem? Parece que você levou um baita tombo, heim, rapaz!" 

Gritei, erguendo-me. "Estou bem, foi só uma tontura leve...Cadê ela, Drukarlla?"

O velho falou: "Você estava acompanhado? Não vi ninguém ao seu lado. Você está bem realmente?"

Levantei a "bike" e me fui pedalando, gritando ao velho:

"Está tudo bem, foi só um tombo e uma tontura, obrigado, senhor!"

Ainda vi o velho acenando e falando:

"Cuide-se,jovem! Tenha cuidado! A vida é delicada demais!"

E lá fui eu pedalando, meio envergonhado. "Sim, a vida é delicada demais!", eu pensei, "Delicada como a beleza de Drukarlla , a linda bruxa que seduziu meu coração!... Eu voltarei a te encontrar, Drukarlla...Eu voltarei, porque te amo!..."

 

3. Feitiço do amor das sombras

Não, eu não posso parar de escrever meus relatos, minhas aventuras sobrenaturais, sem regá-las com as lágrimas negras de uma saudade sombria.

Minha memória se acende como uma vela numa cripta escura e vazia. Eu preciso, eu anseio, necessito contar e desabafar, tirar do meu peito esse sentimento forte que me aflige como um veneno invencível, uma sombra negra de um passado remoto. Em seu vestido negro e cintilante, com os cabelos soltos sob o capuz, a imagem de Drukarlla não sai de minha cabeça.

Não, não foram sonhos ou delírios de um anormal, foi uma estrada sombria, uma rota para o Inferno, um caminho negro e nele fui atravessando as noites lúgubres do destino, as horas profanas e sinistras que tive ao lado de uma bruxa de um mundo mágico e ignoto.

Preciso contar tudo, mesmo que tais relatos pareçam inverossímeis e loucos, mesmo que soem como fantasias obscenas e sombrias, lembranças macabras de um homem solitário preso numa cadeira de rodas. Sei que muitos não acreditarão, mas estou contando a verdade, a lembrança doce e ao mesmo tempo sombria de aventuras muito além do sono e dos sonhos.

Eu me lembro, foi em minha juventude, num tempo sombrio enterrado sob os escombros dos túmulos da memória, nesses anos em que somos como anjos caídos, imersos na magia do Ser...

Não, não me esqueci de nossa paixão, nessa chama da memória que ainda persiste em mim, eu me lembro da linda aparição, a misteriosa mulher, uma bruxa linda e sensual, de lábios amplos e jeito enigmático... Drukarlla!

Hoje, eis-me aqui velho e nesta maldita cadeira de rodas, minhas pernas estão trêmulas sob o cobertor cinzento, mas me lembro de uma paixão, Drukarlla, de seu amor, sua volúpia que me escravizava; ela, a bruxa, me amou e eu a amei atado aos liames sôfregos de um karma erótico, mas no fim, tudo terminaria como terminam os amores impossíveis e loucos: em lágrimas, em dor. Pois fomos vítimas de ilusões, as ilusões negras e doces das paixões, um amor louco, batizado pelas forças da escuridão  do Demônio. Lembro-me dos dias em que eu tinha pernas prontas para andar e sonhos para acalentar...

Quem acompanhou os meus primeiros relatos “Apaixonado por uma bruxa” e “A volta da bruxa enamorada” sabe que a misteriosa e bela bruxa Drukarlla em cada despedida prometia-me um novo encontro, e que nosso romance nas sombras prometia terminar de forma terrível e funesta.

Eu, na flor da mocidade, estava enfeitiçado pelo olhar daquela mulher que aparecia e sumia da minha vida, como uma bruxa dos dias de solidão, uma sacerdotisa das sombras a enfeitiçar meu coração de desejos secretos, lascivos...

Fui até a floresta onde a encontrei pela última vez. Esperei por ela, por seu amor, seus desejos sôfregos e irrefreáveis, mas nada... Ela tinha prometido voltar, tinha dito que eu a encontraria ali, de novo.

Esperei o dia todo, a noite toda. Então a chuva caiu, o frio aumentou. Fiquei ali, na chuva, esperando que um raio caísse e me matasse e me levasse para sempre para a Dimensão Mágica, a dimensão oculta onde ela, Drukarlla, a mulher dos meus sonhos, reinava soberana.

Fiquei de pé, na chuva, até a madrugada, quando então desmaiei.

Então, por entre as névoas, ela veio. Ou eu havia ido magicamente ao mundo de Drukarlla, a sacerdotisa do amor das sombras!

Na outra dimensão, ela veio cavalgando lentamente, com suas vestes negras e seu jeito místico. Seus olhos lindos e negros, seus cabelos revoltos aninhados sob o capuz.

“Você veio, meu amor!”, ela ciciou desmontando do corcel negro. “Eu sabia que você viria...”

“Precisava te ver de novo, Drukarlla! Preciso, necessito de você, do seu amor das sombras, um amor insano e sombrio, do seu carinho, do seu corpo nu que me enlouquece aos poucos...”, disse-lhe, como que hipnotizado pela beleza daquela feiticeira imortal.

Ela me beijou e senti fraquejar. Depois ela me convidou para que montássemos juntos no cavalo negro que logo reparei ser alado. Partiríamos para seu castelo que ficava no centro da Dimensão Mágica onde ela reinava absouta e solitária durante eons e eternidades...

“Venha comigo, vou levá-lo a Fortaleza da Magia, meu castelo na Dimensão Mágica! Lá faremos um amor bem gosto, do jeito que eu gosto...”, disse ela segurando as rédeas e me dardejando um olhar maroto, enquanto eu a segurava pela cintura, pois eu nunca havia andado a cavalo e muito menos num cavalo alado como aquele.

Íamos alçar voo quando ela falou:

“Prepare-se, meu amor, vamos montar no Tormenta Negra e voar pelos céus sobre as sombras do Inferno até meu reino!”

“Mas meu corpo físico!”, disse eu, olhando para a dimensão terrestre, onde meu corpo carnal estava caído, sob a chuva torrencial.

“Não se preocupe, seu corpo-lixo, seu corpo de carne e sangue, será guardado por um de meus elementais artificiais, Nuhak Mins”

Então, com um gesto da mão, ela fez surgir no plano terrestre uma espécie de areia cintilante que ao ser espalhada pelo vento foi formando uma estranha silhueta.

“Vamos, Nuhak Mins, apareça!  Eu ordeno, saia dos pântanos do meu Inferno Interior!”, gritou ela, sorrindo.

Era Nuhak Mins, criado para ser temporariamente o guardião do meu corpo físico. Ele era como um anão esquálido com cara de macaco negro, segurando uma espécie de lança curta. Postou-se ao lado de meu corpo físico e ali ficou, protegendo-o de qualquer fera , inseto ou cobra da mata, além de protegê-lo dos raios que o temporal engendrava na Terra. Ele soltava risadas demoníacas que lembravam o som feito por hienas.

Voamos por regiões macabras, lugares medonhos que eram como cidades ou aldeias devastadas onde almas penadas seguiam em procissões de dor, gemendo aprisionadas em seus destinos sinistros.

“Observe, meu amor, esses são os prisioneiros da crucificação no Inferno, almas que expiam por seus pecados. Graças ao Coração de Lilith, joia mística que possuo em meus aposentos, eles permanecem aprisionados nas regiões negras. Eles ousaram se rebelar contra Drukarlla, e agora permanecerão ali, neste limbo imemorial de sombras, até que eu me apiede de seus fadários.”, disse Drukarlla segurando as rédeas do cavalo negro e alado que passava por sobre essa sombria região da Dimensão Mágica.

Logo já estávamos num imenso castelo, que parecia a obra-prima de algum arquiteto gótico ensandecido. O cavalo alado pousou sobre uma espécie de plataforma sobre uma torre. Ali havia uma comitiva de cinco humanoides anões, alguns tinham cara de cachorro, outros de bode, outros de gato, outros de lagarto. Um deles, o mais feio e com cara de lagarto, se dirigiu a Drukarlla, e todos eles fizeram mesuras a ela. Ele meio que sibilava falando mais forte os S das palavras:

“Ssseus aposentosss essstão devidamente preparadosss, Milady, como a sssenhora nos ordenou telepaticamente. Há vinhosss de uvas negrasss e frutosss do Érebo no ssseu  tálamo dourado!”

“Ótimo, prestimoso Lyrkon. Agora se retire com os outros até o porão do castelo e fiquem por lá até eu chamá-los de novo.”

“Sssuas ordensss ssserão obedecidasss, Divina!.”, disse Lyrkon se retirando por um alçapão num dos cantos da plataforma, onde descia uma escada em espiral.

Drukarlla e eu descemos do cavalo e nos abraçamos. Ela mandou o cavalo alado ir embora e assim ele o fez, voando e relinchando na noite escura e sombria do Mundo Mágico. Ela então estalou os dedos e do alto do céu nebuloso um pequeno redemoinho de nuvens escuras desceu até nos engolfar por completo.

“Não tenha medo, amor...É um silfo da minha dimensão, ele vai levar-nos até os meus aposentos!”, disse Drukarlla.

O redemoinho de nuvens plúmbeas nos absorveu e logo houve uma mudança de ambiente. Quando dei por mim, eu estava deitado sobre uma ampla cama redonda, cheia de almofadas grandes e negras. Perto da cama, uma pequena mesa com bebidas, que Drukarla disse serem os licores afrodisíacos de Gunst e os vinhos capitosos e energéticos de Zlórya. Ao meu lado, deitada na cama, nua como eu , estava ela, a própria Drukarlla.

Primeiro Drukarlla mostrou o Coração de Lilith, uma joia negra e mística que proporcionava poderes de magia sexual a quem a possuísse. Esta joia estava sobre um pequeno pedestal de ébano, com um metro de altura, e Drukarlla só a usava como pingente em ocasiões muito especiais, em regiões profundas do Mundo Mágico ou em visitas aos magos negros do Inferno.

Depois nos beijamos loucamente e loucamente nos entregamos a delírios sensuais. Sentia-me fraco, parecia que minhas energias estavam sendo drenadas, acabando. Então adormeci sob seus beijos e foram os primeiros raios de sol que tocavam o rosto do meu corpo físico que me fizeram acordar.

“Meu Deus, terá sido um sonho?”, disse eu, levantando-me. “A chuva passou, mas eu estou incrivelmente seco, como se alguém tivesse secado minhas vestes.”

Nisso, houve uma espécie de risada animal na mata fechada, vi, por entre os primeiros clarões da aurora, algo como uma silhueta de um símio balançando-se em cipós no alto das árvores e sumindo do campo de minha visão. Seria um simples macaco ou seria Nuhak Mins, o elemental artificial criado por Drukarlla para me proteger do temporal da noite passada?

Comecei a andar e vi algo escrito no tronco de uma árvore; como se tivesse sido feito a muito tempo por um punhal ou canivete, um coração e dentro deles as iniciais de dois nomes, as de meu nome e as de Drukarlla, a feiticeira do Mundo Mágico. Poderia ser apenas uma coincidência, algum casal de namorados com as mesmas iniciais dos nossos nomes fizeram aquilo, num passado remoto.

Tremendo de medo e frio, fui embora correndo dali, mas a imagem de Drukarlla, sua nudez e sensualidade, sua magia libidinosa, tudo permanecia em minha mente, me esgotando, me consumindo de tantos desejos obscenos e impuros, numa voragem ígnea que queimava minha alma lenta e excruciantemente como o pavio de uma vela na escuridão do Inferno... Algo me dizia que ela iria voltar porque eu ainda estava preso no feitiço do amor das sombras...E eu contarei a vocês que curtem o Sobrenatural esses relatos de paixão sombria, se vocês tiverem coragem de ouvir... 

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